terça-feira, 31 de janeiro de 2012


algum tempo, eu estava “curtindo a maior fossa”. Sentada no divâ, veio-me a inspiração.

Vejo Você

Mas insisto em pensar em ti
Pois esse amor dá sentido a minha vida
E, quando da distância, ele é maior
Tanto, que às vezes dá medo
Mas meu coração insiste em senti-lo
E me apego a ele com todas as forças
Pois é a única lembrança tua que me resta
E, quando a dor me parece fatal
Quando já não a aguento suportar
Tento, de alguma forma, me alegrar
A natureza é o meu refúgio
Eu vejo você
Em tudo eu vejo você
Eu vejo você nas flores do jardim
Eu te sinto no vento que toca o meu corpo
Eu vejo você nas gotas de chuva que molham o meu rosto
Eu vejo teu rosto no das pessoas da rua
Eu vejo tua face refletida na lua
Eu vejo você
Em tudo eu vejo você
Mas...não é você
É apenas ilusão
Pois você já se foi
Me deixando na solidão
Eu e a minha paixão.


Rosangela

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012


"A época moderna, com sua crescente alienação do mundo, conduziu a uma situação em que  o homem, onde quer que vá, encontra apenas a si mesmo."
                                                                                                           Hannah Arendt

Com tanta coisa na natureza para se observar e sentir - a luz na água, o movimento das nuvens, o desenho das montanhas, a beleza das árvores - o que faz o ser humano olhar apenas para si mesmo?  




domingo, 29 de janeiro de 2012


A Árvore Morta

A morte faz parte da vida
A vida faz parte da morte
A árvore morta faz parte da vida
A vida faz parte da árvore morta
A árvore morta não pode ser arrancada
A árvore morta não pode ser cortada
A árvore morta ainda faz parte da vida
A árvore morta ainda faz parte de mim
Ela deve permanecer aqui
Por que insistem em me arrancar a árvore morta?
Ela ainda faz parte de mim
Deixe-a aqui
Sinto que, se arrancada, restará-me o vazio
A árvore morta faz parte de mim
Mesmo com a dor, ela faz parte de mim
A árvore morta faz parte da vida
Há vida na árvore morta.

Rosangela