quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

"Os dias podem até ser iguais para um relógio, mas não para um homem."
Para que ficar preso à monotonia, quando se pode inovar?
Nada melhor que um dia ímpar para modificar 
Essa vida em que cada dia parece ser igual ao outro
É procurar a emoção 
É procurar o novo
E ver que a mudança tem muito a acrescentar
Sem se passar dos limites
Não se pode ver o quanto a emoção nos faz bem 
Ah, como faz!


Rosangela




sábado, 4 de fevereiro de 2012


A seguir narro um conto que li há algum tempo, e por qual me encantei

O mais belo caroço de cereja

Conta-se a história de um artista chinês que, tendo despendido muito tempo em esculpir dragões, pássaros e cavalos num caroço de cereja, ofereceu o trabalho concluído a um príncipe real. De início, o príncipe não podia ver senão um caroço de cereja, mas o artista o aconselhou a mandar construir um muro e neste abrir uma janela, e observar o caroço através da janela, no esplendor da manhã. Assim fez o príncipe, e percebeu então que o caroço era na verdade belíssimo.

Rosangela

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012


Máquina

Inventarei uma máquina
Uma nova tecnologia
Que revolucionará o mundo
Estará em todas as revistas
Em todos os anúncios
Na internet a louvarão
Todos a comprarão
Como será fantástica
A minha máquina
Fará o maior sucesso
Até que inventem outra máquina
Melhor e mais moderna que a minha
E todos a comprarão
E a minha antes incrível máquina
Será por todos descartada
Lotará os lixões
Já tão cheios
De bugigangas tecnológicas.

Rosangela

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012


No ônibus

Mais um dia que volto para casa. Mais um dia igual aos outros que, após estudar, pego aquele mesmo ônibus, que passa todos os dias no mesmo horário, onde, praticamente, as mesmas pessoas entram, apressadas a chegar aos seus destinos. Se cumprimentam, trocam palavras. Mas, hoje, com uma diferença. A diferença é que esta pessoa, que está sempre distraída, a olhar constantemente da janela, hoje está disposta a observar. Está certa de que há mais naquele ônibus que pega todos os dias. Pessoas com experiências diversas, pessoas que ela, apesar de as ver todos os dias, talvez nunca as tenha notado. E ela olha atentamente para todos que estão no ônibus. E as observa lentamente, tentando ver nelas o que ninguém vê. Eis que viu. Eis que pôde ver além do que os olhos podem enxergar:
Haviam poucos passageiros da faculdade. Era um horário não tão comum. A maioria dos que entraram no veículo eram moradores do bairro, gente simples. Observo tudo tranquilamente, me deliciando com o que vejo. Entra um moço trajando roupas sociais, calçando coturnos e exibindo exageradamente uma carteira policial que, certamente, não lhe pertence. Uma mulher sentada à minha frente traz ao colo uma bebezinha muito linda, com a qual brinquei fazendo caretinhas engraçadas. Lá fora passa um rapaz vestido uma camisa na qual havia escrito "amo baladas cerveja você". Chegamos ao centro, próximo ao mercado municipal. Neste instante olho para o interior de uma lanchonete e o que vejo me deixa boquiaberta: um mendigo, descalço, comprando um quibe. A garçonete toma todo o cuidado de lhe servir com um guardanapo, mas ele lhe puxou só o salgado e o devorou avidamente.  Finalmente, chego ao meu destino, e desço do ônibus feliz por ter acompanhado alguns momentos da vida daquelas pessoas.

Rosangela

O limite do ser humano

Apesar da excepcional inteligência humana, somos seres limitados. E isso começa no fato de não sermos senhores, sequer, de nossa própria vida. Também somos limitados no sentido de não sabermos a verdadeira razão de nossa existência. E são esses mistérios, entre outros, que nos motivam, desde os primórdios da humanidade, a desvendar os segredos da natureza. Movidas pela curiosidade, mentes brilhantes fizeram descobertas impressionantes e contribuíram para a evolução do conhecimento humano. Em pleno século XXI a humanidade já evoluiu imensamente, mas muitas interrogações ainda persistem. Será o homem capaz de, algum dia, respondê-las?

Rosangela